A partir de 8 de fevereiro, entra em vigor a nova política de privacidade do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. Desde a primeira semana de janeiro de 2021, ao abrir o app, os usuários visualizaram uma mensagem comunicando sobre as mudanças. E deixando claro que quem não concordar com elas, não poderá mais usar os seus serviços a partir do mês que vem.

A mudança gerou um grande alarde entre os usuários, principalmente porque deixa claro o compartilhamento de dados pessoais com o Facebook e empresas parceiras. Mas o que isso significa na prática?

WhatsApp e Facebook

O Facebook comprou o app de mensagens instantâneas WhatsApp em 2014, por uma quantia bilionária: cerca de 20 bilhões de dólares. Naquela época, os desenvolvedores do aplicativo anunciaram que só concordaram com o negócio porque tiveram a promessa da empresa de Mark Zuckerberg que manteriam o sigilo quanto à privacidade dos usuários. Porém esse cenário muda dentro de poucas semanas.

Confira agora o que muda com a nova política de privacidade do WhatsApp.

Compartilhamento de informações

Isso não quer dizer que, até agora, não havia compartilhamento de informações entre as plataformas. Porém, de acordo com a nova política, as contas comerciais que utilizam o app – WhatsApp Business – poderão usar os dados relatados pela ferramenta com o intuito de direcionar anúncios e tornar a experiência de consumidores mais personalizada em redes sociais como Messenger, Facebook e Instagram. Trocando em miúdos, os dados alcançados por meio das conversas servirão como base para estruturar campanhas de marketing, oferecendo produtos e/ou serviços cada vez mais segmentados.

Essa é a cartada dada pela empresa controladora do app para tentar rentabilizá-lo. Mesmo assim, a criptografia ponta a ponta, que confere a privacidade das mensagens trocadas pelos usuários, não será encerrada. Ela continua válida e obrigatória nas conversas entre amigos e familiares, mas muda nas mensagens trocadas com contas empresariais.

Provedor de soluções

Na sessão de perguntas mais frequentes (FAQ) do Whatsapp, da versão Business, o app fala sobre o uso de ferramentas de gerenciamento das mensagens. Nas palavras deles:

“Algumas empresas usam um provedor de soluções para ajudar a fornecer as ferramentas necessárias para enviar e receber mensagens. Alguns dos serviços fornecidos por esses provedores de soluções incluem ler, armazenar e responder a mensagens em nome da empresa.

Algumas empresas poderão escolher o Facebook, empresa controladora do WhatsApp, para armazenar e responder a mensagens de clientes de maneira segura. O Facebook não usará automaticamente suas mensagens para exibir os anúncios direcionados que você vê, mas as empresas poderão usar as conversas com você para fins de marketing, incluindo anúncios no Facebook. Você pode entrar em contato com a empresa para saber mais sobre as práticas de privacidade adotadas.”

Informações compartilhadas

A partir de 8 de fevereiro, todos os usuários do WhatsApp serão obrigados a concordar com a nova política de privacidade e compartilhamento de dados. E não sendo mais opcional, quem não permitir, deverá procurar outro app de conversas instantâneas. Aliás, o volume de downloads de apps como Telegram e Signal cresceram significativamente desde o anúncio feito pelo WhatsApp.

Então, o que muda efetivamente? Dados como o nível de bateria, modelo do telefone, operadora telefônica, localização, foto de perfil… tudo isso será usado sem que seja preciso pedir. Afinal, a partir do aceite da nova política, os usuários estarão cientes das informações passadas nas conversas com contas comerciais.

E você, como se sente com relação a nova política de privacidade do WhatsApp? Queremos saber a sua opinião! Compartilhe o texto nas redes sociais e saiba o que seus amigos pensam a respeito.